terça-feira, 19 de outubro de 2010

Um sonho - Viviane Spósito 2º 2010

Um sonho - Viviane Spósito

Eu tinha um sonho, queria ser bem conhecida pelo mundo inteiro, tinha muita força de vontade e um coração enorme. Eu já me imaginava em todo o mundo, mas sonho é apenas sonho, sempre levei um não e nunc desisti. Mas um dia da minha vida todos os meus sonhos se acabaram, perdi minhas garras, minha força de vontade. Já não sonhava mais. O que me restou desse mundo cruel doi um coração cheio de mágoas. Eu decidi esperar o tempo passar. Sigo a voz do mundo, sonho livremente, um sonho cheio de mistérios, apenas um sonho que sabe reconhecer a importância das pessoas que passam por minha vida.

Meu pai - Fábio Dizaró 2º 2010

Meu pai - Fábio Dizaró

Olha lá o meu pai com as mãos caleijadas
Acabando seu resto de vida no cabo da enxada
A alegria do meu pai é a sua chacrinha
Onde ele planta arroz, feijão e abobrinha

Quando a chuva cai do céu
Meu pai agradece a Deus tirando seu chapéu
Quando a lua está chegando e o sol está de saída
Meu pai agradece a Deus por mais um dia de vida

A chácara do meu pai, todos sabem onde é
É aqui pertinho, pra lá do Sapé.

O último poema - Jackeline Amorim 2º 2010

O último poema - Jackeline Amorim

Como passa diante dela?
aliás, posso ser leve com uma brisa
e forte com a ventania
Busco o mais profundo sentimento de agonia

Qual o gosto dela?
Vale registrar que não gosto
é dos sabores leves, e nem dos venenos breves
Noto que não os sinto desde 1977.

Empurre-me de um penhasco
Talvez eu consiga sentir
a mesma sensação que ela me trazia
Seria o melhor delírio que já senti um dia.

Talvez ela seja apenas atos:
dos gestos, os mais bravos
dos momentos, os mais delirantes
das aventuras, as mais excitantes
das manias, as mais enlouquentes
dos adversários, os que mexem com o eu da gente.

Queria tê-la de novo
e sentir o gosto forte da bebida
o Sol ardente do meio-dia
e da paixão, a não correspondida
e poder voltar a escrever
a única coisa que me mantinha viva.

Talvez a vida se baseie em um cigarro
Queimaduras de terceiro grau
Com uma senhorita fora do normal.

Eu sou Clarice, e ela é a vida
Eu só queria poder provar de novo
os venenos de um dia a dia.

Ilusão - Wilson Barreto 2º 2010

Ilusão - Wilson Barreto

Se ainda consegues ter o ar circulandoem teu pulmão
Se ainda tens o calor que provém da alma
Mas te sentes como dado por morto
Tens involuntariamente metade da vitalidade do coração morta
A ilusão que te parte, que te prende... agora te domina
A memória sorrateria e maliciosa não tem piedade do coração
É como um arco com uma flecha grande, pontuda e em chamas
Apontando para o peito pela própria mão
Que quando disparada segue reta e firme
Friamente fervente, rumo ao coração
O fogo se espalha, leva a razão, a noção, emoção
No chão torna-te um zumbi
Quem és não é quem queres ser
A chuva de dor e arrependimento, com uma película de ilusão
Que cai freneticamente, tenta cessar a chama
Porém é em vão... em vão, em vão.
Quando a reserva se esgota, só te resta o carvão ainda em brasa
A estrutura cai, levando consigo a luz
O pulsar não é mais sentido, bem-vindo ao funeral.