terça-feira, 19 de outubro de 2010

O último poema - Jackeline Amorim 2º 2010

O último poema - Jackeline Amorim

Como passa diante dela?
aliás, posso ser leve com uma brisa
e forte com a ventania
Busco o mais profundo sentimento de agonia

Qual o gosto dela?
Vale registrar que não gosto
é dos sabores leves, e nem dos venenos breves
Noto que não os sinto desde 1977.

Empurre-me de um penhasco
Talvez eu consiga sentir
a mesma sensação que ela me trazia
Seria o melhor delírio que já senti um dia.

Talvez ela seja apenas atos:
dos gestos, os mais bravos
dos momentos, os mais delirantes
das aventuras, as mais excitantes
das manias, as mais enlouquentes
dos adversários, os que mexem com o eu da gente.

Queria tê-la de novo
e sentir o gosto forte da bebida
o Sol ardente do meio-dia
e da paixão, a não correspondida
e poder voltar a escrever
a única coisa que me mantinha viva.

Talvez a vida se baseie em um cigarro
Queimaduras de terceiro grau
Com uma senhorita fora do normal.

Eu sou Clarice, e ela é a vida
Eu só queria poder provar de novo
os venenos de um dia a dia.

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