Em uma noite fria e escura, uma perseguição se iniciava.
Naquele momento, passou a mão na nuca, abriu a carteira, conferiu as únicas cédulas e decidiu ir atrás de dinheiro, pois era preciso pagar o aluguel vencido, comprar pó e renovar seu estoque de cerveja. A geladeira também estava vazia, a não ser por uma garrafa de água, os cubos de gelo e uma banana desidratada.
Desde o último crime, na semana passada, que não fazia o reabastecimento das suas principais necessidades. Os cinzeiros cheios e os pacotes de cigarro quase vazios. Não havia mais solução.
Mesmo com pressentimento e nervosismo a decisão era irreversível. Checou detalhadamente a pistola automática, a munição, o capuz, as luvas e todas as ferramentas que seriam usadas naquela noite.
Respirou fundo e ficou alguns minutos se olhando no espelho, como numa preparação a um encontro ou evento de grande porte. Fazia esse ritual sempre que iria cometer os seus crimes.
Ajeitou a pistola na cintura e os outros objetos, arrumou tudo dentro de uma mochila. Deixou as janelas abertas e saiu de casa em busca de seu objetivo daquela noite.
Ele acendeu um cigarro, olhou para os lados e atravessou a rua. Uma chuva fina fazia o asfalto brilhar. Caminhou lentamente pela avenida até chegar em um beco escuro.
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