___ Aí apareceu um monstro enorme e engoliu o tal Lord John e o resto da família dele. FIM - disse Arthur interrompendo a história de Renato.
___ Arthur, pare de brincadeiras e deixe o Renato terminar - disse Helena.
___ Ah, claro! Desculpe - disse Arthur com ar de cinismo - A sua história está muito legal, sabe Renato? Mas a história já passsou por 3 gerações da família do John e não parece estar nem perto do fim.
___ Eu estou gostando da história - falou Helena.
___ Só você parece estar gostando então, porque eu estou achando uma grande perda de tempo, acho que nós deveríamos é pegar o violão e cantarmos algumas músicas - retrucou Arthur.
___ Por que você não está gostando Arhur? - quis saber Renato.
___ Ah, você está inventando essa história boba Renato, não é uma história real - respondeu Arthur.
___ É real sim - disse Renato, já com a voz meio alterada.
___ Se você me explicar como os enfeites da festa da menina da sua história eram do Sítio do Pica-Pau Amarelo, uma vez que a história se passa em mil seiscentos e pouco, aí então eu acredito na veracidade da sua história - disse Arthur.
___ É Renato, parece que o Arthur está certo - intromenteu-se Rafa, que só observara até o momento.
___ Céticos! - esbravejou Renato.
___ Nesse momento, eles ouviram um rugido de animal e se assustaram. Correram todos para a barraca dos meninos, inclusive as meninas, e ficaram lá dentro tremendo de medo. Depois de um longo silêncio, eles ouviram passos se aproximando da barraca, estavam todos muito tensos. Repentinamente os passos cessaram. Passados alguns minutos sem ouvirem mais nenhum barulho fora da barraca, eles decidiram que algum dos meninos precisaria sair da barraca para ver o que havia sido aquele rugido e aqueles passos. Decidiram no "zero ou um" que Renato deveria sair da barraca e olhar.
Renato estava amedrontado, mas não queria demonstrar seu temor. Por isso ele pegou um canivete e saiu da barraca sem relutar. Assim que ele deixou a barraca, Rafa fechou a barraca novamente. Renato caminhou por alguns segundos em volta da barraca e não viu nada , então exclamou:
___ Gente, não tem nada aqui. Deve ter sido um cachorro do mato, podem sair.
Neste momento o rugido voltou e os passos vieram com muita velocidade para cima de Renato. Ele só teve tempo de dar um grito antes que a criatura o pegasse. Os garotos que estavam dentro da barraca sabiam que aquela tinha sido a última vez que veriam Renato, e sabiam também que a criatura que matou Renato não era um animal e muito menos um humano.
Helena e os outros meninos estavam apavorados e os meninos não tinham a mínima ideia de como iriam sair da barraca.
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