terça-feira, 30 de outubro de 2012

Razões



Casa estranha
Lar das razões
Consegue ler meus pensamentos
E me deixa voar
Nos recuos de minha mente

As fantasias intangíveis
Do meu profundo ser
Utopia da vivência
Alucinações primárias

Como presente da fome e do frio
O silêncio grita em minha cabeça
Origamis na chuva
Se desfazem ao meu olhar

Sentado na ilusão
Minha vida é uma...
Imagem de caleidoscópio

Baseado no poema
Das Utopias de Mário Quintana

Lucas Cardoso - 2º FG 2012

Saudades do tempo



Bons tempos são aqueles da nossa inocência
Onde Tudo tinha um colorido especial
Tudo que precisávamos era seguir
apenas nosso coração

Nada era considerado errado
No máximo um vaso quebrado
Nossas falhas se tornaram
Parte da nossa educação

Tivemos pelo caminho, claro
Obstáculos que nos deixaram
Mais fortes
Prontos para ser quem somos hoje

Saudade dos tempos que passaram
Com o vento, lembranças de sorrisos
Sinceros belos sentimentos
Que transformaram meu renascimento

Inspirado no pensamento de M. Quintana: “O que faz as coisas pararem no tempo é a saudade”

Sheila Martins - 1º FG 2012

A voz das incertezas

            Às vezes eu queria sair à rua como quem foge de casa, esquecer os problemas e sair vivendo tudo que tenho para viver, sem me importar com compromissos e obrigações, eu e minha liberdade, de alma aberta e o coração cantando meio desta caminhada, encontrar meu semelhante, e morar dentro dele.
E essa ser então, a verdadeira arte de amar, primeiro você sente algo, depois você ama e, por ultimo se entrega, sem correr o risco de ferir esse semelhante com o sentimento, e em algum momento saber que sou insubstituível, e que tenho mais feitos reconhecíveis dentre todos os outros.
E olhar para tudo isso e ver que minha vida não foi em vão, que o amor existe, e eu desfrutei dele, me doei às amizades e às pessoas, fui a melhor que podia ser, e gritar, para o inferno dos passarinhos, que tudo valeu a pena, mas que ainda nada terminou, pois a protagonista ainda não morreu.

Inspirado nos poemas de Mário Quintana:
Ars Longa
A voz
Destino Atroz
A verdadeira arte de amar
Bilhete
O amor é quando a gente mora no outro
Certezas


Patrícia Marques - 3º FG 2012

Dos Milagres


Havia numa cidade pequena que ficava próxima à floresta um menino honesto e bondoso chamado Artur. O povo da cidade não acreditava em nenhum milagre, pois na cidade só aconteciam desastre e miséria. Num ano, quando a população inteira estava sofrendo com uma doença contagiosa, nenhum dos médicos da cidade conseguiu descobrir a cura da doença e assim morreram muitas pessoas. Não aconteceu um milagre. Numa outra época ocorreu um grande incêndio, todo mundo achou que os bombeiros dariam conta de apagar o fogo, mas não aconteceu isso, a cidade ficou arrasada. Como aconteciam muitos desastres, a população não acreditava em milagres. Porém o Artur, apenas ele sempre acreditava.

Ele era uma menino com pensamento positivo, achava que o importante era acreditar que vai dar certo. As pessoas não conseguiam entender esse ponto de vista do menino, e portanto não eram poucas as que o odiavam.

Do outro lado, na floresta fria e escura, moravam escondidas as fadas de milagre. A função delas é fazer acontecer milagres nas situações mais difíceis. Para acontecer um milagre, as fadas usavam um pó mágico feito com os risos e alegrias próprias delas. Porém havia um detalhe. Sem a crença no milagre, ou seja, nas fadas, elas não podiam fazer nada. Apenas quem acreditava conseguia um milagre. E como a população da cidade que morava ao lado delas sempre quando acontecia uma coisa ruim desistia achando que não tem como dar certo, as fadas apenas observavam com tristeza.

Um dia quando Artur estava sofrendo por causa que os meninos da cidade falaram mau dele, não aguentou mais e fugiu para a floresta. Correu, correu para disfarçar a dor. Daí no meio do caminho ele parou, porque viu uma coisa brilhando. Ele não conseguia ver direito o que era, mas parecia que tinha asas. Ele chegou mais perto para verificar. Era uma fada! Estava presa debaixo de uma folha grande e não conseguia sair. O Artur, antes de fazer qualquer outra coisa, tirou rapidamente a folha de cima dela. A fada, com uma cara assustada, perguntou ao menino como que ele podia vê-la, pois apenas quem acreditava em milagre podia vê-las. O Artur, também assustado de ter visto uma fada e ainda falando respondeu que não sabia. Daí a fada fez mais uma pergunta. Se ele acreditava em milagre. Ele disse sim. Depois disso a fada agradeçeu ao menino pela ajuda e foi embora. A fada quando chegou na sua moradia logo avisou para todas as outras. Elas ficaram todas muito contentes, por terem ficado sabendo que pelo menos existe uma pessoa que acreditava nelas.

Depois de um mês, na cidade estava começando a época de chuva, e esse ano estava bem pior. Até que em um dia choveu muito que a cidade começou a ficar inundada, entrava água em casa, estragava as plantações, a situação iria virar um desastre. Todo mundo corria e fugia da cidade desesperadamente. A cidade inteira estava em pânico. O Artur estava na sua casa que entrava água, ao lado da sua mãe doente que não conseguia sair da cama. A mãe pedia para ele fugir com os outros, mas o menino não queria, ele acreditava que alguém salvaria os dois. E dessa vez aconteceu. As fadas vieram ajudar o menino e a cidade. Elas espalharam o pó de milagre pela cidade inteira. Nesse instante a chuva parou e acabou não causando gravíssimos problemas. A população estava desacreditada com o que tinha acontecido. Pela primeira vez algum problema ocorrido na cidade foi resolvido.

O menino ficou muito feliz por ter acreditado que ia dar certo e a população também, a partir desse dia, passou a pensar de outro jeito. Passaram a acreditar positivamente. Pois para acontecer um milagre, o mais importante é acreditar que vai acontecer.

Inspirado em “Dos Milagres” de Mário Quintana

Erika Yumi - 3º FG 2012

Novecentos e Noventa e Nove



            Ao contrário de 666, 999 é quase um ciclo completo.
            Na minha infância todos diziam que a vida era passageira e agora já velho percebo que quem faz o tempo, sou eu, só depende de mim. 
            Mesmo perdendo meu pai muito cedo, segui minha vida em frente juntamente com minha mãe. Os fatos que aconteceram em minha vida, não foram passageiros, mamãe me ensinou que devo aproveitar o máximo de cada momento, absorver conhecimentos e que um erro não é um fracasso e sim uma nova oportunidade de tentar novamente.
            O relógio não foi tão significante, não que eu fosse irresponsável com meus compromissos, chegava em ponto. Mas desfrutava de cada segundo de minha vida, sem impor um tempo determinado.
            Ah! Chegando ao fim do meu diário, 999 páginas... Esse número sim foi significante para mim. É como se eu tivesse completando meu ciclo, que fiz tudo que deveria fazer. Sorri, chorei, me apaixonei, machuquei, superei, amei, vivi...
            E se me dessem mais um dia, eu continuaria não olhando para o relógio, seguindo sempre em frente, vivendo cada minuto que teria. Mas, apenas deixo meu recado, a vida vale à pena, então curta...
            Ahhhhh! A minha valeu...

Baseado em: Seiscentos e sessenta e seis – Mário Quintana

Gabriela Bandeira / Larissa Oliveira / Juliana Akemi - 2º FG 2012

A casa caiu


            Maria morava em um barraco na Favela dos Anjos, e sempre vivia muito preocupada com a segurança das pessoas que viviam no morro, e naquele dia o filho do vizinho bateu a sua porta dizendo:
__ Dona Maria, corre a casa caiu!!!
Maria desesperada percebeu que as polícias estavam invadindo o morro e haveria troca de tiros. Imediatamente ligou para o marido que estava no trabalho e disse:
__ Jerônimo, não volte, a casa caiu!!!
O marido muito assustado já imaginou que sua casa foi incendiada ou algo assim, e já começou a chorar, ligando para seu filho:
__ Lúcio, não vá para o morro! A casa caiu!!!
Sendo um traficante da favela, imaginou que a polícia estava em sua casa para prendê-lo então ligou para amigos de outra favela para ajudar a protegê-lo.
Enquanto isso Maria corria pelos becos avisando que haveria confronto entre policiais e bandidos e todos foram saindo assustados para se esconder na quadra da comunidade.
Já Jerônimo, chamou os bombeiros e a polícia, então todos se encaminharam para a favela. Chegando lá se encontraram todos, Maria, Jerônimo e Lúcio, policiais, moradores, traficantes e bombeiros, e ninguém sabia o que estava realmente acontecendo. Então Maria resolveu procurar o menino que havia batido em sua casa, o encontraram em uma roda de meninos brincando de verdade ou desafio.
Então depois que a confusão estava armada, perceberam que o “A casa caiu” foi só uma brincadeira de criança.

Baseado no poema: “A coisa” de M. Quintana

Vanessa Duarte - 2º FG 2012

“Aprenda a gostar de você”


             Alícia era uma moça de 20 anos de idade, havia terminado os estudos há dois anos, não sabia que profissão seguir, vivia em casa. Era boa pessoa, gostava muito de ajudar os outros, porém não se ajudava. Sofria tanto por amor, fazia de tudo para encontrar alguém que a fizesse feliz, mas não encontrava. Todos os relacionamentos que tinha a decepcionavam no final, ninguém a valorizava. E assim levava aquela vida monótona.
Um dia encontrava-se muito triste em seu quarto, pensando que nunca conseguiria ter felicidade, então resolveu dar uma volta pela cidade para se distrair um pouco. Andando pelas ruas avistou uma frase pintada em um muro que lhe chamou muito a atenção para o que dizia – “Aprenda a gostar de você...” – ao ler a frase começou a sentir-se melhor e daquele momento em diante passou a mudar suas prioridades na vida.
Alícia decidiu tomar um novo rumo e deixar os sofrimentos para trás. Começou a fazer faculdade, a conhecer novas pessoas, tornou-se melhor a cada dia e percebeu que a felicidade que tanto buscava estava escondida no seu interior, batava ela gostar de si mesma e querer ser feliz. Ainda na faculdade conheceu Joaquim com quem namorou e se casou, dividindo com ele experiências pelo resto de sua vida.

Baseado no texto de Mário Quintana

Amanda Cardoso - 3º FG 2012

“Tudo vai recomeçar! E sem nenhuma lembrança...”



Mais um dia de frio, Clarice não tinha vontade de levantar da cama. Tinha chorado a noite inteira lembrando de Bernardo, dos planos que faziam para um futuro juntos. Ela não se conformava com o fato de tudo ter acabado, ainda mais pela maneira como havia acontecido.
Clarice resolveu levantar, tomou um banho, se vestiu e foi dar uma volta para espairecer. Começou a pensar que ela não merecia passar por tudo que estava passando, que ela nunca tinha feito nada que desse motivo para Bernardo ter as atitudes que ele estava tendo com ela.
Resolveu esquecer. Mudou o nome de Bernardo nos contatos do celular, parou de tentar puxar papo com ele e procurou ficar bem, tranquila. No mesmo dia, saiu com suas amigas e se divertiu como não se divertia há tempos.
Quando acordou no outro dia, olhou-se no espelho e falou para si mesma: “Tudo vai recomeçar! E sem nenhuma lembrança...”

Conto inspirado no poema Canção do dia de sempre, de Mário Quintana.

Julia Pannaci - 2º FG 2012

Concentração de Mário Quintana



O estilo é uma dificuldade de expressão
Não te irrites, por mais que te fizerem...
Um bom poema é aquele que nos dá a impressão
Como se estivessem abertos diante de nós todos os
Caminhos do mundo.

Nas ruas que não andei
Sempre que chove
Na mesma pedra se encontram
No retrato que me faço
Um desenho de criança...

Do estilo, Da observação, Os Poemas
Da Discrição, O Mapa
Destino Atroz
O Auto Retrato

Irônico de Alegrete
Escreveu sobre as coisas simples da vida
E com sua poesia atrevida
Ganhou uma Casa de Cultura
Que imortaliza
A sua literatura.


Letícia Lima - 3º FG 2012

A sina de Cadmo


               Em uma terra distante havia uma pequena vila onde diferentes seres viviam em completa harmonia. Entre esses seres havia um que se destacava, seu nome era Cadmo. Cadmo era extremamente bondoso e caridoso, porém era feroz caso precisasse.
            Certa vez os amigos de Cadmo foram atacados por monstros selvagens e ele foi o primeiro a se prontificar para ajudar, seja quem quer que precise Cadmo ajudava sem nenhuma reclamação. Porém quando Cadmo sofreu um acidente ao ser atacado por uma matilha de lobos e cair abismo abaixo, ninguém se prontificou a ajudá-lo. Ele esperou por dias e nada de mandarem ajuda. Foi então que ele percebeu que sua vila não se importava com ele, somente com a ajuda dele.
            Após conseguir sair do fundo do abismo Cadmo retornou a sua vila, pegou suas coisas e começou a andar, sem rumo, sem destino certo, somente com a certeza de que os nossos problemas não importam aos outros, pois eles não podem, ou não querem, nos ajudar.

Inspirado pelo poema “O Pior” de Mario Quintana

Luan Avelar - 2º FG 2012

Música


Quando a caixa de som começa a bater
Minha mente vai se limpando começando a esquecer
Os problemas, os conflitos e até as frustrações
A musica purifica a alma, renova as emoções

Cada batida da caixa é uma bombeada no coração
Milhares de batidas ao mesmo tempo indescritível sensação
Na Ilha do Amanhã me tranco para a eternidade
Pois música e amor são sinônimos de felicidade

Mais do que fã já sou viciado
Cada dose de notas me mantêm instigado
Em aumentar meu desejo de viver para sempre neste lugar
Belo, tranquilo e perfeito para criar

Muito mais do que um mero passatempo
Um meio de diversão
Sinfonia da vida
Força motriz do coração.

Inspirado nos poemas Música e Eu Ouço Música ambos de Mário Quintana.

Guilherme Naves - 3º FG 2012

Degraus




A vida é feita de etapas
Etapas são como degraus
Um aprendizado novo a cada degrau
Não aprendemos somente subindo
Quando erramos, retrocedemos
Com as subidas e decidas, ganhamos experiência

A vitória só vem quando chegamos ao topo
Quando conquistamos o que mais queríamos
Para tais conquistas, temos que desvendar os enigmas dos degraus
“E é um sonho louco este nosso mundo...”

Inspirado no poema “Os Degraus” de Mário Quintana

Felipe Borba - 3º FG 2012

O Menino Louco


             Numa segunda-feira de manhã, um menino cujo nome era dado por Bruno, acordou às 7 horas da manhã com um plano em sua mente. Que por vista, um plano terrível.
            Levantou da cama, e arrumou sua mochila, botando nela comida para gatos que havia comprado no mercadinho da esquina.
            Bruno chega à escola, guarda sua bicicleta e começa a elaborar seu plano. Pegou a comida de gato e colocou por todo canto da sala de aula e nos armários do corredor.
            As latas depois de serem esvaziadas, Bruno colocou na mochila de um menino de sua sala, que por motivos pessoais era seu grande inimigo.
            Meio-dia, na hora de ir embora, seu plano começa a dar certo. Eram dezenas de gatos dentro da escola, vindo de todos os cantos, para pegar a comida que ali fora jogada.
            Dona Dalva, a professora de Bruno, era muito alérgica a gatos, e imediatamente ficou muito brava com o acontecido.
            Na sacanagem, Bruno deu a seguinte sugestão de revistar as mochilas de todos para ver quem havia trazido aquelas latas. Dalva então concorda com sua idéia e encontra as latas na mochila de Frederico, que em choque foi expulso da escola.
            Bruno ficou satisfeito com o acontecido e foi embora comemorar sua vingança com um churrasco que ele mesmo fez com a carne dos gatos.

 Texto inspirado no poema “O Menino Louco” de Mario Quintana.

João Guilherme - 2º FG 2012

Bilhete


Com muito esforço levantei-me da cama com aquela olheira matinal, após uma terrível noite de insônia. Terrível sensação. Era como se ele estivesse passado ao meu lado e ficara me observando com a cautela de uma mãe ao ver sua criança chorando. Ainda que lembrasse preocupação, como algo positivo, isso me irritara profundamente. Eu queria tirá-lo da minha cabeça e simplesmente dormir. Em paz.
 
Eu lutei contra aquela imaginação solitária do rosto dela a noite inteira me dizendo que estava pensando na maldita proposta de emprego que recebera dias atrás. Iria para Milão e me deixaria nesse fim de mundo e agora, tão mais vazio como sempre fora antes dele aparecer. O amor dele acabaria e ele nunca mais voltaria pra me ver. Disse-me que a vida estava lhe proporcionando uma maravilhosa aventura, que lhe garantiria todo o futuro, brilhante, é claro; e que ele não deveria deixar isso passar em vão.

Pois quer saber? Que fosse embora então... É, isso mesmo: – Tchau! Some e me deixa em paz! – Pelo menos meu sossego na hora de dormir eu merecia ter. E até isso ele queria levar consigo pra Milão? Que forma estúpida e equívoca eu havia me tornado na vida dele? Uma simples namorada que ele deixaria pra trás, por dinheiro? Ou por status?

Eu não sabia as respostas. Estava nervosa. Nervosa não, eu estava enlouquecendo! Levantei para ir ao banheiro e estava com a cara vermelha (de raiva) e os olhos inchados, de chorar. Sim! É claro que eu havia chorado! Eu tenho sentimentos mesmo que ele não mereça o valor de uma mísera lágrima que eu havia derramado. Ele me deixaria na solidão.

Amoleci. Meu choro tinha nome e rosto. Era o nome desse cara indo pra Milão. E eu o amava e estava enlouquecendo só com a ideia de não tê-lo mais ao meu lado. Eu estava em minha zona de conforto por pertencer a ele e a única solução para minha tristeza era ele. Sempre ele. Com sotaque, ou sem sotaque.  Com lição de moral ou sem. Bastava um abraço, ou talvez só a sua presença.

E agora eu viveria só, novamente. Eu teria que aprender a conviver com a ideia. Seria forte e dura feito pedra. Talvez me tornasse um tanto fria. Mas com o tempo sobreviveria. Aliás, sobreviver seria inevitável, mas eu suportaria e aprenderia a lição como se aprende o 2+2 da matemática. Igual a 4. Igual a mim sem ele. Era prático.

Dormi. Levantei. Tomei café e escovei os dentes. Fui sair para o trabalho. Ao ir em direção à porta, um bilhete! Estremeci...

Abri e li: “ – Se tu me amas, ama-me baixinho. Não o grites por cima dos telhados, deixa em paz os passarinhos. Deixa em paz a mim! Se me queres enfim, tem de ser bem devagarinho, amada, que a vida é breve, e o amor mais breve ainda.” – Eu não suportaria viver sem você. Que Milão fique pra próxima, quando eu puder carregar você comigo.
Te amo; Ele.”

Texto Inspirado no poema “Bilhete” de Mário Quintana

Larissa Cardeal 3º FG - 2012

O recomeço


Clarice, muito triste por ter se separado de seu namorado, resolveu dar uma volta pelo centro da cidade. Tentando se distrair com alguma coisa, parou em frente à vitrine de uma livraria e logo olhou um livro que tinha um título,parecido com a dor que sentia no momento.Então, como ela queria alguma coisa diferente, entrou na livraria e comprou o livro, na esperança de ser um livro de auto ajuda,para ajudá-la a acabar com a dor .
Quando chegou em casa e começou a ler , viu que de certa forma o livro tinha um pouco da história de amor que ela havia vivido com seu namorado. Ela então quis ver o que ia acontecer no final. Ficou a tarde inteira lendo o livro, e quando chegou a noite já estava no finalzinho. Resolveu acabar, e o final foi surpreendente. A garota do livro que estava na mesma situação, deu a volta por cima na dor de amor e viveu muito feliz, sem ele! Clarice se espelhando na história, também resolveu dar a volta por cima na dor e viver feliz!


Baseado no pensamento de Mário Quintana :
“Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente... e não a gente a ele!”


Larissa Semenzi 2º FG - 2012

O Caderno Mágico



Numa pequena cidade quase desconhecida, morava um rapaz chamado Marcelo. O Marcelo era inteligente, gentil, e um belo homem. Ele vivia sem problemas até se apaixonar por uma garota. Ele se apaixonou por uma menina chamada Bruna. A Bruna era tão bonita que os meninos da cidade inteira gostavam dela.
   
Marcelo e Bruna eram amigos, porém Bruna nunca tinha percebido a paixão do Marcelo por ela. Marcelo não tinha coragem de falar o que sentia por ela, porque existiam vários meninos atrás dela que lutavam por ela. Os rapazes da cidade davam flores, doces, vestidos, sapatos e colares para a Bruna. Marcelo também queria dar um presente, porém não tinha dinheiro.

Um dia quando estava passeando pela cidade, Marcelo encontrou um caderno bem velho e bem sujo. Como ele gostava de escrever, mas não tinha dinheiro para comprar um caderno, ele ficou muito contente.

Voltando para a casa ele abriu o caderno e viu que por dentro o caderno era limpo e novo. Nessa hora, Marcelo estava com muita fome e escreveu uma hisória em que aparece uma feijoada bem gostosa. Na hora da janta foi quando ele se assustou, na mesa estava preparada uma feijoada. Marcelo achou que isso foi uma coincidência, mas não era. Qualquer coisa que ele escrevia no caderno se realizava. O Marcelo passou a chamar o caderno de caderno mágico.

Depois de alguns dias, Marcelo teve uma ideia. Ele resolveu escrever sobre a Bruna no seu caderno mágico. Ele escreveu uma história em que a Bruna se apaixona por ele.

Passaram algumas semanas e a Bruna estava completamente apaixonada por Marcelo. Marcelo ficou muito feliz e animado. Eles passeavam juntos, conversavam e tomavam sorvetes. Para o Marcelo todos os dias eram como um sonho.

Até que um dia ele pecebeu que tudo o que acontecia era um sonho mesmo, porque na realidade isso não aconteceria. Ele percebeu que o amor que vinha da Bruna não era especial, não era verdadeiro. Percebendo que tinha feito a coisa errada, ele pegou o caderno mágico e escreveu para que tudo voltasse a ser como era antes.

O Marcelo ficou muito triste sem a Bruna por perto dele. Não sabia o que fazer mais. Todos os dias pensava na Bruna, mas não conseguia fazer nada.

O Marcelo pensava, pensava e pensava e depois de tantos pensamentos ele teve uma ideia brilhante. Ele rasgou uma folha do caderno mágico e escreveu um poema para a Bruna. Ele escreveu sobre a beleza dela e sobre o que sentia por ela. Foi a última folha do caderno e ele sabia que rasgando a folha não teria mais efeito mágico. Mesmo assim ele sabia que estava fazendo a coisa certa.

No segunite dia ele entregou o poema para a Bruna. A Bruna ficou um pouco surpresa, mas feliz também. As coisas não aconteciam como o que aconteceu com o caderno mágico. As coisas aconteciam bem devagar, porém melhor. Cada semana o Marcelo entregava um novo poema para a Bruna e ela se apaixonava por ele aos poucos.

Inspirado em “Eu queria trazer-te uns versos muito lindos” de Mário Quintana.

Renata Yuri - 3º FG 2012

Saudade



Quem nunca sentiu saudade
Nunca amou de verdade
Fico me torturando com estas lembranças
Que não me deixam esquecer você

O tempo para, quando penso em você
Nessas últimas semanas, o tempo está parado
Só o que não para, é a saudade
A saudade só aumenta, nunca acaba

Me lembro como se fosse hoje
Era setembro, estava frio, tão frio quanto a saudade
Você me abraçava para me esquentar
Ah, que saudade dos teus abraços

Me lembro também das nossas conversas
Foram as melhores e mais especiais
Passávamos horas conversando
Como se fôssemos velhos amigos

Que saudade de te ver falar
Você ficava ainda mais lindo falando
Você fala sorrindo, o sorriso mais sincero
Se soubesse que sorri enquanto fala, ficaria sem graça
Que saudade de ver sorrir

Essa saudade me aperta
Me sufoca, me enlouquece
Queria que você entrasse por esta porta
Dizendo que também está com saudade
E quer voltar

Você não foi apenas um amigo
Era mais que isso, era meu amor
Mas agora, só o que restou foi a saudade
Saudade de você, saudade daquele tempo
Saudade de nós.

Inspirado na frase "O que faz as coisas pararem no tempo, é a saudade" de Mário Quintana.

Laura Campos - 1º FG - 2012