Havia numa cidade pequena que ficava próxima à floresta um menino honesto e bondoso chamado Artur. O povo da cidade não acreditava em nenhum milagre, pois na cidade só aconteciam desastre e miséria. Num ano, quando a população inteira estava sofrendo com uma doença contagiosa, nenhum dos médicos da cidade conseguiu descobrir a cura da doença e assim morreram muitas pessoas. Não aconteceu um milagre. Numa outra época ocorreu um grande incêndio, todo mundo achou que os bombeiros dariam conta de apagar o fogo, mas não aconteceu isso, a cidade ficou arrasada. Como aconteciam muitos desastres, a população não acreditava em milagres. Porém o Artur, apenas ele sempre acreditava.
Ele era uma menino com pensamento positivo, achava que o importante era acreditar que vai dar certo. As pessoas não conseguiam entender esse ponto de vista do menino, e portanto não eram poucas as que o odiavam.
Do outro lado, na floresta fria e escura, moravam escondidas as fadas de milagre. A função delas é fazer acontecer milagres nas situações mais difíceis. Para acontecer um milagre, as fadas usavam um pó mágico feito com os risos e alegrias próprias delas. Porém havia um detalhe. Sem a crença no milagre, ou seja, nas fadas, elas não podiam fazer nada. Apenas quem acreditava conseguia um milagre. E como a população da cidade que morava ao lado delas sempre quando acontecia uma coisa ruim desistia achando que não tem como dar certo, as fadas apenas observavam com tristeza.
Um dia quando Artur estava sofrendo por causa que os meninos da cidade falaram mau dele, não aguentou mais e fugiu para a floresta. Correu, correu para disfarçar a dor. Daí no meio do caminho ele parou, porque viu uma coisa brilhando. Ele não conseguia ver direito o que era, mas parecia que tinha asas. Ele chegou mais perto para verificar. Era uma fada! Estava presa debaixo de uma folha grande e não conseguia sair. O Artur, antes de fazer qualquer outra coisa, tirou rapidamente a folha de cima dela. A fada, com uma cara assustada, perguntou ao menino como que ele podia vê-la, pois apenas quem acreditava em milagre podia vê-las. O Artur, também assustado de ter visto uma fada e ainda falando respondeu que não sabia. Daí a fada fez mais uma pergunta. Se ele acreditava em milagre. Ele disse sim. Depois disso a fada agradeçeu ao menino pela ajuda e foi embora. A fada quando chegou na sua moradia logo avisou para todas as outras. Elas ficaram todas muito contentes, por terem ficado sabendo que pelo menos existe uma pessoa que acreditava nelas.
Depois de um mês, na cidade estava começando a época de chuva, e esse ano estava bem pior. Até que em um dia choveu muito que a cidade começou a ficar inundada, entrava água em casa, estragava as plantações, a situação iria virar um desastre. Todo mundo corria e fugia da cidade desesperadamente. A cidade inteira estava em pânico. O Artur estava na sua casa que entrava água, ao lado da sua mãe doente que não conseguia sair da cama. A mãe pedia para ele fugir com os outros, mas o menino não queria, ele acreditava que alguém salvaria os dois. E dessa vez aconteceu. As fadas vieram ajudar o menino e a cidade. Elas espalharam o pó de milagre pela cidade inteira. Nesse instante a chuva parou e acabou não causando gravíssimos problemas. A população estava desacreditada com o que tinha acontecido. Pela primeira vez algum problema ocorrido na cidade foi resolvido.
O menino ficou muito feliz por ter acreditado que ia dar certo e a população também, a partir desse dia, passou a pensar de outro jeito. Passaram a acreditar positivamente. Pois para acontecer um milagre, o mais importante é acreditar que vai acontecer.
Inspirado em “Dos Milagres” de Mário Quintana
Erika Yumi - 3º FG 2012
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