Conseguimos entrar no castelo, com muita dificuldade. Quando estávamos lá dentro ouvimos barulhos estranhos, como se fossem gemidos. Tentávamos encontrá-los, mas como era muitos cômodos, a busca era dificultada ainda mais.
No decorrer do caminho, já cansados, paramos num quarto para descansar, perto da torre. Ao me deitar ouvi um estranho barulho, como se fossem tapas na parede. Perguntei ao Eduardo se ele ouvira aquilo. Ele havia escutado e decidimos logo ir ao lugar de onde supostamente vinha o ruído.
Ao chegarmos lá, vimos uma mulher bem ferida e muito fraca. Nós a socorremos e perguntamos onde estavam as pessoas e o rei de El Dourado e qual era o seu nome. Ela apenas conseguiu dizer seu nome. Chamava-se Clara.
Fomos de volta para a cidade porque lá havia mais man-timentos e remédios para ela. Não sei porquê, mais acho que Eduardo está apaixonado por ela e eu também. Ela é adorável e muito bonita.
Mas o que nos intrigava era o sumiço das pessoas. Perguntamos a Clara. Ela nunca falava nada. Percebemos que havia naquela cidade muito sofrimento. Achamos várias correntes em vários lugares. E parte do corpo de Clara estava com cicatriz.
Esperamos que os ferimentos dela se curassem e ficamos numa das casas de lá. Como não sabíamos pra onde ir, ficamos na cidade. Começamos a plantar, achamos um rio próximo. E também disputávamos as atenções de Clara. Assim fomos vivendo cada dia.
Em alguns anos mais tarde, apareceu um homem em nossa casa. Ele disse que estava vindo de uma cidade longe dali. Então começamos a discórdia. Clara e eu queríamos sair de El Dourado e Eduardo não. O homem que apareceu queria ficar, mas sei que era por causa do ouro que tinha lá.
Clara e eu convencemos Eduardo a irmos para a outra cidade, e demos alguns pedaços de ouro para o outro homem em troca de nos levar para lá.
A caminhada era difícil, muitas montanhas. Uns dias muito quentes e outros de muito frio. Enfrentamos temporais, também um dia acabou nossa água e quase não suportamos.
Do alto de um morro avistamos a cidade. Era bem pequena e se chamava A Cidade Tão Tão Distante. Agora entendíamos o nome. As pessoas lá eram educadas, vestiam trajes lindos. O homem que nos levou nos instalou numa casa que havia por lá e começamos a viver naquela cidade.
Mas ainda não estávamos felizes. Ouvimos boatos de que estavam vindo forasteiros para a cidade que todos os anos pegavam o dinheiro de toda gente. Ficamos um pouco assustados e meio desacreditados, Não sabíamos se era de verdade ou se eram mitos para espantar os novos moradores.
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