segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

20º Capítulo - autora Camila

...um rato! Eduardo tem pavor e morre de medo de ratos.

Eduardo para e diz que não vai entrar na casa e que ele não confiava no cachorro. Para ele o cachorro era do mal, ele era o oposto de Deus e não queria nos ajudar. Eduardo disse que não iria prosseguir, iria voltar e novamente procuraria os fantasmas, pois eles eram pessoas, quer dizer, fantasmas do bem e que nos ajudariam a reencontrar nosso lar.

Como eu estava disposto a encontrar a saída, virei para Eduardo e disse que eu iria continuar em frente, entraria na casa do cachorro e, se Deus quisesse, en-contraria a saída. Não iria voltar atrás.

Eduardo, nervoso, virou para mim e disse:

___ Se você quer ir em frente, que vá sozinho, pois eu voltarei e seguirei o caminho com os fantasmas!

Eduardo e eu, depois de muitos anos juntos, nos sepa-ramos e cada um tomou seu rumo.

Eu entrei na casa do cachorro onde me deparei com uma linda mulher: era ruiva, de cabelos cacheados e olhos azuis.

Fiquei encantado com tanta beleza e perguntei o que ela fazia ali. Ela me contou que o cachorro falante havia lhe trancado e que assim como eu, ela também entrara ali à procura de uma saída, mas ali não havia saída alguma, era uma armadilha e que agora, obvia-mente, eu também estaria preso ali.

O cachorro a mantinha como escrava e a obrigava fazer tudo que ele queria. Então prometi a ela que dali por diante, o cachorro nunca mais lhe faria mal. Per-cebi então que tinha me apaixonado por ela.

Logo após, o cachorro chegou e comemorou, pois agora tinha mais um escravo - isso era o que ele pen-sava - e foi logo dando ordens para nós.

Eu disse que nem eu nem ela iríamos fazer nada e então o cachorro e eu começamos a brigar. Rolamos no chão, socos e mordidas para todo lado, até que peguei uma faca, que ali estava jogada e acertei o coração do cachorro. A mulher e eu suspiramos de alívio, pois todo aquele sofrimento havia acabado. Então perguntei seu nome:

___ Meu nome é Manuela, mas pode me chamar de Manú! - respondeu a mulher.

Decidi então não a abandonar e ali comecei a morar, pois ali havia de tudo para se comer e beber. Eu tam-bém estava apaixonado por Manú e não podia deixá-la.

O tempo passou, Manú e eu começamos a namorar e ali fomos vivendo, plantando, colhendo e sendo feli-zes.

Até que um dia, Manuela chega para mim e diz:

___ Tenho uma notícia para te dar!

___ O que é? Fala, estou curioso! - disse eu!

___ Acho que você vai ser papai, eu estou grávida!

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