terça-feira, 19 de outubro de 2010

Um sonho - Viviane Spósito 2º 2010

Um sonho - Viviane Spósito

Eu tinha um sonho, queria ser bem conhecida pelo mundo inteiro, tinha muita força de vontade e um coração enorme. Eu já me imaginava em todo o mundo, mas sonho é apenas sonho, sempre levei um não e nunc desisti. Mas um dia da minha vida todos os meus sonhos se acabaram, perdi minhas garras, minha força de vontade. Já não sonhava mais. O que me restou desse mundo cruel doi um coração cheio de mágoas. Eu decidi esperar o tempo passar. Sigo a voz do mundo, sonho livremente, um sonho cheio de mistérios, apenas um sonho que sabe reconhecer a importância das pessoas que passam por minha vida.

Meu pai - Fábio Dizaró 2º 2010

Meu pai - Fábio Dizaró

Olha lá o meu pai com as mãos caleijadas
Acabando seu resto de vida no cabo da enxada
A alegria do meu pai é a sua chacrinha
Onde ele planta arroz, feijão e abobrinha

Quando a chuva cai do céu
Meu pai agradece a Deus tirando seu chapéu
Quando a lua está chegando e o sol está de saída
Meu pai agradece a Deus por mais um dia de vida

A chácara do meu pai, todos sabem onde é
É aqui pertinho, pra lá do Sapé.

O último poema - Jackeline Amorim 2º 2010

O último poema - Jackeline Amorim

Como passa diante dela?
aliás, posso ser leve com uma brisa
e forte com a ventania
Busco o mais profundo sentimento de agonia

Qual o gosto dela?
Vale registrar que não gosto
é dos sabores leves, e nem dos venenos breves
Noto que não os sinto desde 1977.

Empurre-me de um penhasco
Talvez eu consiga sentir
a mesma sensação que ela me trazia
Seria o melhor delírio que já senti um dia.

Talvez ela seja apenas atos:
dos gestos, os mais bravos
dos momentos, os mais delirantes
das aventuras, as mais excitantes
das manias, as mais enlouquentes
dos adversários, os que mexem com o eu da gente.

Queria tê-la de novo
e sentir o gosto forte da bebida
o Sol ardente do meio-dia
e da paixão, a não correspondida
e poder voltar a escrever
a única coisa que me mantinha viva.

Talvez a vida se baseie em um cigarro
Queimaduras de terceiro grau
Com uma senhorita fora do normal.

Eu sou Clarice, e ela é a vida
Eu só queria poder provar de novo
os venenos de um dia a dia.

Ilusão - Wilson Barreto 2º 2010

Ilusão - Wilson Barreto

Se ainda consegues ter o ar circulandoem teu pulmão
Se ainda tens o calor que provém da alma
Mas te sentes como dado por morto
Tens involuntariamente metade da vitalidade do coração morta
A ilusão que te parte, que te prende... agora te domina
A memória sorrateria e maliciosa não tem piedade do coração
É como um arco com uma flecha grande, pontuda e em chamas
Apontando para o peito pela própria mão
Que quando disparada segue reta e firme
Friamente fervente, rumo ao coração
O fogo se espalha, leva a razão, a noção, emoção
No chão torna-te um zumbi
Quem és não é quem queres ser
A chuva de dor e arrependimento, com uma película de ilusão
Que cai freneticamente, tenta cessar a chama
Porém é em vão... em vão, em vão.
Quando a reserva se esgota, só te resta o carvão ainda em brasa
A estrutura cai, levando consigo a luz
O pulsar não é mais sentido, bem-vindo ao funeral.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Ordem das apresentações de poemas para 06 de julho

1 - João Paulo
2 - Bruna Moreira
3 - Francine
4 - Flaviane
5 - Dayanne
6 - Bruna Mendes
7 - Julio
8 - Elisa
9 - Lorrane
10 - Frederico
11 - Fabricio
12 - Atila
13 - Karoline
14 - Pamella
15 - Bruna O'hara
16 - José
17 - Maria P.
18 - Fernanda
19 - Christiane
20 - Arthur
21 - Fabio
22 - Priscila M.
23 - Thiago
24 - Giovanni
25 - Ana P.
26 - Priscila D.
27 - Isabela
28 - Willian

Lista da atividade de poemas para 06 de julho

1 - Lorrane - ABC do nordestino - Patativa do Assaré
2 - Bruna O'hara - Um beijo - Olavo Bilac
3 - Flaviane - Aos meus heróis
4 - Pamella - Descoberta - Ailton Paulino da Costa
5 - Isabela - Iso - Fernando Pessoa
6 - Priscila Dias - O luto no sertão - João Cabral de Melo - fundo musical sertanejo
7 - Frederico - No meio do caminho - Carlos Drumond de Andrade
8 - Karoline - Arte de amar - Manuel bandeira
9 - Maria Paula - A morte chega cedo
10 - Bruna Caroline - Procuro uma alegria - Carlos Drumond de Andrade
11 - Christiane - Soneto de véspera - Vinícius de Moraes
12 - Bruna - Eu não existo sem você - Vinicius de Moraes - fundo musical só no piano e bem calma
13 - João Paulo - Ausência - Drumond
14 - Tiago - O bicho - Manuel Bandeira
15 - Fabio???
16 - Maria Paula???
17 - Ana Paula - Não há mais vagas - Ferreira Gullar

quarta-feira, 2 de junho de 2010

32º Capítulo - autor Phelipe Maia

...nosso plano não era tão bom assim, pois as nossas mulheres podiam ficar muito zangadas com a gente. Desistimos desse plano de paz.

Continuamos a pensar em um novo plano. Foi quando tive a idéia de ir falar com o Jetix, que é o irmão da mulher de Eduardo.

Pois bem, fomos ao vale das bestas selvagens, onde Jetix morava. Chegando lá ficamos muito amedrontados, pois os habitantes eram muito hostis e macabros. Paramos em uma taverna e perguntamos onde poderíamos achar Jetix. Um senhor muito cortês nos respondeu que o acharíamos na Rua dos Alfeneiros, número sete.

Eduardo e eu fomos atrás de Jetix. Chegamos na casa desse sujeito, que por sinal, era uma casa muito sombria. Quando entramos, escutei apenas um barulho. Jetix havia disparado contra Eduardo. Ouvi outro barulho e senti um dor no peito. Foi quando cai ao chão, e minhas vistas se escureceram e não vi mais nada só uma enorme escuridão.

Passado algum tempo na escuridão minha mãe, de repente, me acorda para ir para a aula e eu, assustado, percebi que tudo não tinha se passado de um sonho. Fiquei muito feliz em saber disso. Eu me vesti e fui comprar pão. Chegando na padaria encontrei com Eduardo.

Contei para ele todo o meu sonho e ele ficou muito feliz, e me disse que daria uma boa historia. Falei que poderíamos pensar no caso, pois no momento estávamos cheio de provas!

31º Capítulo - autor Caio Costa

Foi quando Eduardo deu um pulo de alegria e disse:

___ A primeira coisa que temos que fazer é acabar com a guerra das duas. Tenho um ótimo plano: você diz para sua mulher que a minha morreu e eu digo para a minha que a sua morreu. Então elas vão se esquecer do que aconteceu no passado sobre o pai de Jéssica, sobre a briga e as discussões e logo vão se lembrar dos tempos em que eram amigas, das discussões, de quando brincavam juntas até que no dia da festa de quinze anos de Jéssica, o irmão dela matou seu próprio pai, acabando assim com uma vida e uma amizade muito forte.

Quando fomos por o nosso plano de paz em prática, percebemos que...

30º Capítulo - autora Larissa Cardeal

___ O que há de tão grave que os traz a mim? - disse ao mesmo tempo em que os segurava pelas mãos.

___ Temos algo muito sério a resolver. - disse Eduardo aflito.

___ A inveja de uma contra a ganância de outra. Um amor de amigas que se consideravam irmãs, separadas por pensamentos confusos e sem fundamentos. Não havia provas sobre o assassinato. A inveja é cruel, capaz de destruir os corações dos bons homens, capaz de destruir amizades sinceras. O dinheiro é de outro mundo, a ganância cega, mata. A ganância quer sempre mais, quanto mais tem, mais ela deseja querer.

Ao dizer isso, Madame Sofia parecia concentrar-se mais a cada instante, sua cabeça parecia doer pelos seus leves movimentos, cada palavra era dita aos sussurros:

___ A inveja e a ganância são forças muito poderosas, no entanto são forças bem menores que o Amor. O Amor salva, cura qualquer ferida aberta nos corações. O Amor que as esposas de vocês têm uma com a outra é vivo ainda, entre o ódio e o coração, o sentimento permanece. Brigam com vontade de abraçarem-se e acariciarem o rosto uma da outra. Mas, nenhuma das duas vem a ser a culpada do assassinato da morte do pai de Jéssica. O que aconteceu naquela noite foi simples, rápido e ligeiro: enquanto o pai ia fazer a visita noturna ao quarto de Jéssica, seu irmão levantou-se de seu repouso, pegou um revólver e simplesmente atirou-lhe pelas costas. Foi rápido e intenso. O pai morreu. Solitário, instantaneamente.

Fomos embora e sem saber o que imaginar. Sem ter algo a pensar, algo a concluir. Eduardo e eu tínhamos duas missões: 1. fazer com que nossas esposas retornassem à antiga amizade e acreditassem na história de Madame Sofia; 2. retornar ao mundo real, o mundo de onde surgimos.

Chegamos em casa confusos. Eram muitas coisas para dois simples homens: inveja, crueldade, ganância, amor, tudo entre o ódio e o coração.

___ E agora Eduardo, o que faremos? – foi a única coisa que consegui falar.

29º Capítulo - autor Guilherme Naves

...vimos que a velha casa parecia um castelo mal assombrado, fechada com rachaduras, mato e muitas sujeiras por todos os lados e um aspecto sombrio.

Surpresos com a aparência do lugar e ao mesmo tempo ansiosos por falar com Madame Sofia, fomos logo abrindo um grande e enferrujado portão. Após isso chamamos por ela.

Ficamos um longo tempo esperando, até que surge, pela brecha da porta, um olhar sóbrio e misterioso: era Madame Sofia.

Neste momento ficamos pálidos ao vê-la depois de tanto tempo: sua aparência era assustadora, envelhecera muito e carregava em seu semblante as marcas de uma vida cheia de mistérios.

Madame Sofia convidou-nos para entrar.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Atividade - Não te amo mais

Escrita criativa: trabalho com poesias

Objetivo: despertar o gosto pela escrita através da intertextualidade com poemas e exercitar a habilidade de arranjo lógico das idéias;

Metodologia: leia o texto a seguir e depois escreva o seu poemeto que também poderá ser lido de cima para baixo e de baixo para cima;

"Poemeto para ser lido "de cima pra baixo e de baixo pra cima"- este poeminha engraçadinho é bastante antigo nas listas de e-mail que rolam pela internet. Inicialmente divulgado sem autoria, ultimamente tem sido atribuído a Clarice Lispector. Caso alguém saiba quem escreveu esta graciosa brincadeirinha, peço a gentileza de entrar em contato comigo web.editora@anjosdeprata.com.br para que o nome seja divulgado":

Não te amo mais
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis
Tenho certeza que
Nada foi em vão
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada
Não poderia dizer mais que
Alimento um grande amor
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
Eu te amo!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...

Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2010.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

28º Capítulo - autora Letícia

...que se deixasse as duas juntas não resolveriam essa história nunca. Então, ao anoitecer, Eduardo foi até meu quarto para conversarmos melhor sobre o assunto sem as esposas por perto.

___ Henrique, eu acredito que sua esposa Manú é inocente, mas tente entender o lado de minha amada Jéssica, perder um pai não é nada fácil.

___ Sim Eduardo, eu entendo. Mas como podemos provar que Manú é inocente?

Um silêncio predominou no ambiente. Nós dois pensávamos que atitude iríamos tomar, até que Eduardo, com um grito, quebra o silêncio e meus pensamentos:

___ Já sei meu amigo! Vamos até a casa da Madame Sofia.

___ Quem é essa madame Eduardo? E em que ela pode nos ajudar?

___ Claro Henrique! Como não pensei nisso antes? - questionava Eduardo a si mesmo - A madame Sofia é uma vidente, ela pode retornar ao passado e ir até mediações do futuro, podendo assim nos ajudar a descobrir quem matou o pai de minha esposa, provando a inocência da sua mulher e quem sabe ela não consegue encontrar o caminho de volta para casa!

___ Você é um gênio Eduardo! Amanhã bem cedo vamos até a casa dessa madame.

Ao nascer do sol, Eduardo e eu já estávamos de pé, a caminho da nossa salvação.

Chegando lá...

26º Capítulo - autora Amanda

...investigar o que havia acontecido e fazer com que essa inimizade voltasse a ser amizade. Mas como eu iria investigar? Fazia muito tempo esse acontecido, e eu não achava a saída daquele lugar.

Então resolvi conversar com Eduardo, e contar toda aquela história, quem sabe ele poderia me ajudar!

Entrei novamente no castelo, procurei por Eduardo, o encontrei sentado conversando com sua mulher.

Falavam sobre o mesmo assunto que Manú e eu conversávamos lá fora. A mulher de Eduardo acusava Manú de ter assassinado seu pai, Eduardo tentava achar soluções para não acusar Manú. Dizia:

___ Pode ter sido um acidente.

___ Não foi um acidente, ela fez isso por inveja da minha festa de 15 anos! - dizia a mulher de Eduardo aos prantos.

Eu estava escondido atrás da porta, meio aberta, escutando tudo, até que os dois me viram e falaram:

27º Capítulo - autor Caio M.

___ O que você está fazendo aí ouvindo nossa conversa?

E eu respondo:

___ Sim, estava escutando a conversa de vocês dois, e agora já tenho a certeza de que foi você quem matou o seu próprio pai, tudo por inveja.

Ela, com muita raiva, perdeu a cabeça e partiu para cima de Manú. A mulher de Eduardo inventava coisas absurdas, e só por ter uma boa condição financeira, se achava a melhor de todas e deixava os mais pobres de lado.

Todos tentavam a união das duas, para que pudessem ser amigas de verdade novamente, mas cada uma tinha seus problemas. De uma era a maldita inveja, de outra era o traiçoeiro poder do dinheiro, ou seja, a riqueza.

Eduardo gostava realmente da sua mulher, e por esse amor ele faria de tudo e mais um pouco. Tentava não pensar no assunto, mas não tinha jeito, pois envolveria Manú e seu melhor amigo.

No castelo, não se achava a saída, eram brigas e mais brigas, todos os dias, tudo por esses péssimos problemas, que são capazes de acabar com uma vida.

O sonho de Manú era ter a festa de 15 anos igual a da mulher de Eduardo. Não teve jeito, e passado um certo tempo, como o objetivo não conquistado, o pai da mulher de Eduardo morreu e, a partir daí, surgiram-se as dúvidas de como ele teria sido morto.

Não aguentando mais esta situação diária e constrangedora, Eduardo resolveu...

22º Capítulo - autor Octavio

___ Fico muito feliz pela notícia, mas também conheci uma pessoa muito especial, pela qual me apaixonei e tenho dois filhos gêmeos: Zagui e Lung, que não estão presentes no momento.

___ Que pena, Eduardo! Teria muito prazer em conhecê-los, mas estou muito cansado e gostaria de re-pousar até amanhã, pois pretendo seguir viagem em busca da saída.

Eduardo nos ofereceu imediatamente seu castelo, onde pernoitamos e no café do dia seguinte fui surpreendido por Eduardo. Ele me disse que também gostaria de encontrar a saída e voltar para a cidade, que não íamos há anos. Porém, gostaria que eu o esperasse até se organizar para deixar o reino, e também gostaria que eu voltasse com ele e morasse em El Dourado, para que assim nossos filhos crescessem juntos como nós crescemos.

Eu disse que estava cansado ainda, mas que seria uma ótima oportunidade e que pensaria até o dia em que ele voltasse da nossa cidade para El Dourado. Foi quando ele confessou que não teria encontrado o caminho, pois não queria sair sem mim de lá, porque, afinal, nós entramos juntos e temos que sair juntos.

Eduardo ordenou que um de seus funcionários chamasse seus filhos e sua esposa.

E quando a esposa dele entrou na sala, fixou seu olhar em Manú, que também a reconheceu e as duas disseram quase que no mesmo tempo:

23º Capítulo - autora Bárbara

___ Você?

Logo a esposa de Eduardo virou-se para ele e falou que não queria ver novamente aquela mulher no castelo deles, que se ela não se retirasse seria obrigada a chamar os seguranças do castelo.

Nesse momento eu fiquei super chocado com a reação da mulher do meu melhor amigo. Pensei em perguntar o que estava acontecendo, mas permaneci calado. Minha mulher saiu sem dizer nada, totalmente perdida, sem rumo. Desceu a grande escada que dava para a porta central do castelo. Pedi licença ao meu amigo, pois deveria ir atrás da minha mulher. Ele me pediu desculpas pelo mal entendido e falou que mais tarde conversaríamos sobre o assunto.

Encontrei minha esposa aos prantos sentada na grama do jardim do castelo, perguntei pelo motivo do acontecido. Ela me abraçou forte e disse:

___ Você me conhece, sabe que eu não iria mentir, nem fazer nada de mal a ninguém!

E é claro que afirmei tudo. Realmente acreditava e amava minha esposa. E foi aí que ela me contou...

24º Capítulo - autora Patrícia

___ Ela e eu já fomos muito amigas no passado, amigas de verdade, não nos desgrudávamos, e onde uma estava a outra estava também. E foi assim durante 11 anos. Até que no dia que ela completara 15 anos, ela havia ganhado uma linda festa de seu pai. Confesso que tive uma pequena inveja por meu pai não ter tido condições de fazer uma para mim, mas não foi uma inveja ruim e maldosa, pois eu estava muito feliz por ela.

Mas logo após a festa, fui pousar em sua casa. Estávamos ela, seu pai, sua mãe, dois irmãos dela e eu, até que de seu quarto ouço um barulho, e vou ver o que era. Quando olho, seu pai estava caído no chão, no final da escada. Logo ela e seus irmãos chegaram também, e como eu estava lá em cima da escada, e o pai dela morto lá em baixo, fui logo a suspeita número um. Ela nem quis me ouvir e já foi logo me acusando e brigando comigo. E então ficamos nisso, ela me acusava, mas não tinha como provar. E eu também não tinha como provar minha inocência.

Ao ouvir aquela história fiquei indignado com tal acontecido e com tanta coincidência dessa morte. Confesso que fiquei também um pouco magoado por não ter me contado antes. E foi aí que quis acabar com tanto mistério, e perguntei:

___ E como você veio parar aqui?

___ No outro dia, quando fui no enterro do pai dela, para tentar me explicar no cemitério, acabamos discutindo, e com tanta briga, nem percebemos que já havia escurecido, e ao tentarmos achar a saída, nos perdemos.

Quando ela me disse isso, não precisei ouvir mais nada, logo vi que foi a mesma novela que aconteceu com o Eduardo e comigo. Mas ela continuou se explicando:

25º Capítulo - autora Sarah

___ Enquanto procurávamos a saída, encontramos o cachorro falante que nos convenceu a segui-lo assim como fez com você e Eduardo. Só que vendo que eram duas meninas e elas poderiam ser úteis, tirando o fato de não termos perguntado o nome dele, como todos que já haviam passado pelos maus tratos do cachorro do mal, ele resolveu ficar com nós duas.

Entretidas com nossas discussões frequentes, não percebemos que, ao invés de estarmos saindo da floresta, que era continuação do cemitério, entrávamos mais a cada passo. Chegamos à casa do cachorro e aí ele disse:

___ Estão presas aqui pelo resto de suas vidas!

Fiquei desesperada e começamos a discutir novamente. Foi aí que o cachorro decidiu:

___ Eu não aguento mais vocês duas brigando. Tirem ímpar ou par para saber quem volta para El Dourado e quem fica.

Como nunca fui boa nisso, perdi e fiquei sendo escrava dele enquanto ela vivia sua vida de rica, como se nada tivesse acontecido. Até o santo dia que você chegou para salvar minha vida, não é amor?

Eu fiquei indignado, pois como duas amigas de infância poderiam se separar por uma acusação sem provas nem investigações? Foi aí que decidi ...

19º Capítulo - autor Marcio

...para não confiar na família de fantasmas, pois nós não éramos as primeiras pessoas a passar por aquilo, e o cachorro nos mostrou um caminho de muita luz com muita comida e água.

Eduardo e eu decidimos ir com o cachorro. Conforme íamos entrando no caminho íamos encontrando ani-mais jamais vistos pelo homem, quando Eduardo per-guntou para o cachorro qual era o seu nome o cachor-ro falou:

___ Eu não tenho um nome, mas vocês só precisam saber que sou o oposto de Deus.

Após ele falar isso todo aquele lugar belo e calmo virou um grande lixão, e eu olho para o lado e vejo um rapaz sentado em um canto e pergunto seu nome.

Ele disse:

___ Sou aquele que abandonou minha família e vim parar no sofrimento.

Quando ele olhou para cima lembrei de Eduardo. O homem estampou um sorriso, mas depois de tanta alegria Eduardo e eu decidimos sair dali, mas só tinha uma saída. Ela era dentro da casa do cachorro falante. Chegando bem próximo da casa, Eduardo olhou para o lado e viu...

20º Capítulo - autora Camila

...um rato! Eduardo tem pavor e morre de medo de ratos.

Eduardo para e diz que não vai entrar na casa e que ele não confiava no cachorro. Para ele o cachorro era do mal, ele era o oposto de Deus e não queria nos ajudar. Eduardo disse que não iria prosseguir, iria voltar e novamente procuraria os fantasmas, pois eles eram pessoas, quer dizer, fantasmas do bem e que nos ajudariam a reencontrar nosso lar.

Como eu estava disposto a encontrar a saída, virei para Eduardo e disse que eu iria continuar em frente, entraria na casa do cachorro e, se Deus quisesse, en-contraria a saída. Não iria voltar atrás.

Eduardo, nervoso, virou para mim e disse:

___ Se você quer ir em frente, que vá sozinho, pois eu voltarei e seguirei o caminho com os fantasmas!

Eduardo e eu, depois de muitos anos juntos, nos sepa-ramos e cada um tomou seu rumo.

Eu entrei na casa do cachorro onde me deparei com uma linda mulher: era ruiva, de cabelos cacheados e olhos azuis.

Fiquei encantado com tanta beleza e perguntei o que ela fazia ali. Ela me contou que o cachorro falante havia lhe trancado e que assim como eu, ela também entrara ali à procura de uma saída, mas ali não havia saída alguma, era uma armadilha e que agora, obvia-mente, eu também estaria preso ali.

O cachorro a mantinha como escrava e a obrigava fazer tudo que ele queria. Então prometi a ela que dali por diante, o cachorro nunca mais lhe faria mal. Per-cebi então que tinha me apaixonado por ela.

Logo após, o cachorro chegou e comemorou, pois agora tinha mais um escravo - isso era o que ele pen-sava - e foi logo dando ordens para nós.

Eu disse que nem eu nem ela iríamos fazer nada e então o cachorro e eu começamos a brigar. Rolamos no chão, socos e mordidas para todo lado, até que peguei uma faca, que ali estava jogada e acertei o coração do cachorro. A mulher e eu suspiramos de alívio, pois todo aquele sofrimento havia acabado. Então perguntei seu nome:

___ Meu nome é Manuela, mas pode me chamar de Manú! - respondeu a mulher.

Decidi então não a abandonar e ali comecei a morar, pois ali havia de tudo para se comer e beber. Eu tam-bém estava apaixonado por Manú e não podia deixá-la.

O tempo passou, Manú e eu começamos a namorar e ali fomos vivendo, plantando, colhendo e sendo feli-zes.

Até que um dia, Manuela chega para mim e diz:

___ Tenho uma notícia para te dar!

___ O que é? Fala, estou curioso! - disse eu!

___ Acho que você vai ser papai, eu estou grávida!

21º Capítulo - autora Gabriela

Quando recebi essa noticia, fiquei muito feliz, pois eu ia ter um filho. Mas ao mesmo tempo fiquei triste, porque lembrei de Eduardo, fiquei pensando onde ele estaria. Eu queria compartilhar esse momento de feli-cidade com ele, meu melhor amigo. Então decidi ir à procura de Eduardo e levar a minha família comigo para fora daquela cidade. Conversei com Manú, e ela concordou comigo. Ela não aguentava mais viver naquele pequeno mundo de magia. Então arrumamos nossas coisas e fomos à procura de nosso amigo.

Voltamos até a floresta sombria. Lá encontramos a família de fantasmas. Perguntei a eles se tinham notí-cias de Eduardo. Eles falaram que Eduardo desistiu de voltar para casa sozinho, e resolveu virar o Rei de El Dourado.

Fiquei muito confuso naquela hora, não acreditei no que os fantasmas estavam nos falando. Então fui até El Dourado para ver se realmente era verdade.

Chegamos lá e vimos uma cidade completamente diferente do que era antes. A cidade estava limpa, arrumada e todos que lá moravam estavam muito feli-zes. Paramos em uma padaria para perguntar o que havia acontecido. O padeiro de lá nos falou que a ci-dade tinha ganhado um novo rei, O Rei Eduardo.

Perguntei a ele, onde se localizava o castelo, pois que-ria voltar para a minha cidade, estava com muita sau-dade de meus pais, de toda a minha família e amigos. O padeiro disse que o castelo ficava no alto da monta-nha, no começo da cidade. Era um castelo enorme e lindo!

Quando entrei no castelo vi Eduardo. Pedi desculpas, contei tudo o que havia acontecido, e disse que eu iria ser pai. Ele ficou super feliz por mim, logo depois falei sobre minha idéia de tentar voltar novamente para nossa cidade.

Eduardo me olhou e disse:

18º Capítulo - autor Lucas Costa

...para eu ajudar-los a ir embora, você e Eduardo têm de me ajudar a encontrar outro rei para ficar em seu lugar. Pois se isso acontecer, encontraríamos a luz e iríamos para o céu.

No meio do caminho da procura do novo rei encon-tramos um vilarejo chamado Terra do nunca, chegan-do lá nós encontramos várias pessoas felizes. Pareci-am pessoas simples e humildes que só tinham o sufi-ciente para alimentar as suas famílias, que eram po-bres, mas eram mais felizes que as pessoas que tinham muito dinheiro.

De longe Eduardo, os fantasmas e eu avistamos um rapaz que estava na sarjeta, precisando de dinheiro para sustentar seus 10 filhos e esposa. Na hora que o vi fiquei intrigado e conversei um pouco com ele. Ele tinha um jeito especial típico de um rei, então Eduardo ouvindo nossa conversa mandou que eu perguntasse se ele gostaria de ser rei, pois já estava ficando tarde e precisávamos ir embora.

O homem, confuso, porém decidido aceitou nossa proposta. Então ordenei para a família fantasma que nos levasse a nossa cidade, pois já estávamos longe de casa há cinco anos. Entramos no carro e no caminho encontramos um cachorro que nos falou...

17º Capítulo - autor Felipe Borba

´...deu de cara com os fantasmas da família que vivia naquela mata sombria. Os quatro fantasmas pegaram Eduardo e o levaram para uma caverna.

Eu, vendo aquilo, resolvi segui-los até a caverna. Quando cheguei lá, fui entrando devagar e de uma maneira para que eles não me vissem.

Chegando no fundo da caverna, eles pararam e aperta-ram um botão na parede. Então uma porta se abriu. Eles entraram e eu fiquei de fora. Comecei a procurar o botão na parede. Demorei até achar, apertei o botão, a porta se abriu, entrei. O lugar era uma sala vazia com um buraco na parede, entrei e saí em um labirinto de terra.

Os fantasmas flutuavam, mas eles arrastaram Eduar-do, então segui os rastros e consegui chegar na casa da família.

Lá fora estava a menina fantasma. Ela me viu e falou que era diferente de sua família e que odiava seu pai.

Perguntei a ela o que eu poderia fazer para conseguir salvar Eduardo. Ela me disse que se eu estivesse com o Colar Sagrado do Rei ou fosse o escolhido para ser o Rei e tivesse sido picado pelo escorpião, os fantas-mas não poderiam fazer mal algum a mim e aí eu con-seguiria salvar Eduardo.

Eu me levantei e disse:

___ Eduardo, vou salvar você. E entrei na casa, soltei Eduardo das cordas. Os fantasmas não reagiram. Chamei a filha deles e perguntei:

___ Você sabe como nos levar de volta para casa?

Ela respondeu:

___ Sim, mas...

16º Capítulo - autor Lucas Rezende

...eu. Logo toda corte iria receber o novo rei, tudo já estava preparado, entretanto...

Não havia como eu aceitar uma coisa dessas, pois aquela não era vida pra mim. De algum modo eu teria de voltar para meu tempo e continuar a viver ao lado de minha família. Recusando-me, e também deixando o velho rei no poder, apenas pedi um favor: a escolta dos melhores guerreiros para poder acompanhar-nos em nossa jornada para voltar.

O rei, abismado e sem ação com tal honra, logo me concedeu os meus pedidos, oferecendo-me então 300 de seus melhores homens para tal jornada.

Eduardo e eu, conformados, nos despedimos de todos e marchamos em frente com todos os soldados nos seguindo.

Após dois dias andando sem parar e sem comer, nosso “exército” se reduziu pela metade. Todavia todos ainda estavam confiantes da meta. Estávamos indo em direção à floresta sombria. Era um dos caminhos para voltar para nosso lar. Porém essa floresta era assombrada.

Rumores locais diziam que há cerca de 500 anos, conforme a lenda, havia a existência de um homem que fugiu da cidade de ouro para aquele lugar. Um homem doido, que levou consigo seus filhos e sua esposa. Ele havia se refugiado na floresta sombria, daí o nome.

O homem, em a posse da família, abusava deles. Ele os mantinha em sua casa na floresta. A casa era cheia de desenhos que significavam algo que seria o oposto de Deus e, diz a lenda, que um dia este homem fez invocações e usara sua família como alvo para possessões “demoníacas”. Reza a lenda que o homem se matou enforcado depois que seu filho foi possuído e morto, e até hoje o espírito da família “demoníaca” ainda ronda pelos arredores da floresta.

Depois de ter nos informado, Eduardo e eu não ligamos muito para a história, pois não acreditávamos em coisas do gênero.

Todavia, ao passarmos pela floresta em busca de nosso caminho de volta para casa, um barulho estrondoso veio ao nosso encontro. Algo parecia estar nos seguindo. Talvez estivéssemos sendo caçados por algo misterioso. Aos poucos os soldados começaram a desaparecer até que sobrou apenas Eduardo e eu. Ele se virou para o lado e ouviu um galho se estralando. Virou-se para o outro lado e de repente...

11º Capítulo - autor Marco Aurélio

Passaram-se dois dias e nós estávamos naquela cida-de, dormindo naquela casa, quando apareceram os forasteiros. Eduardo e eu ficamos apavorados com eles. Então nos escondemos dentro do bainheiro.

Por incrível que pareça, escutamos dois forasteiros falando que já tinham sequestrado o rei e que na cida-de de El Dourado não tinha mais ninguém com di-nheiro e todos tinham fugido. Então eles teriam que ficar exigindo todo dinheiro possível para satisfazer o mestre deles.

Tentamos ouvir mais coisas, mas não conseguimos. Eles foram embora, mas daí em diante decidimos chamar as pessoas desta cidade, para que pudéssemos montar uma estratégia, e pagar pelo menos um foras-teiro e obrigá-lo a falar quem era o mestre dele, onde que estava o rei e por que eles queriam todo o nosso dinheiro.

O tempo passou. Já tínhamos montado uma estratégia para os forasteiros. Ficamos esperando que eles vies-sem, mas não vinham. Quando menos esperávamos, apareceram gritando. Fomos pôr nossa estratégia em prática. Todos se esconderam, e quando vê eles foram procurar a gente. Um forasteiro entrou no quarto onde nos escondemos, então o encurralamos, tampamos a boca dele. Os outros forasteiros acharam muito estra-nho o fato de não ter ninguém na cidade, mas foram embora pensando que tinha acontecido igual à cidade de El Dourado.

Ficamos contestes por termos conseguido sequestrar um forasteiro. Judiamos tanto do forasteiro até que ele falou que o seu mestre se chamava Badsmigol e que o rei estava nas jaulas de seu castelo. Perguntamos onde era o castelo deste tal Badsmigol, ele falou que era no pântano das sombras.

Não perdemos tempo, fomos logo a caminho de lá.

12º Capítulo - autora Tatiane

Ao longo da caminhada até chegar ao castelo, nós fomos conversando sobre todas as possibilidades de o mestre dar ordens contra nós, mas concluímos que o mestre não poderia fazer nada, pois não havíamos feito nada, ainda. Os forasteiros que tinham seques-trado o rei e ele mesmo que tinha que acertar com o mestre.

Chegando ao castelo os vigias não queriam deixar a gente entrar. Nós os convencemos a deixar. Entramos. Passaram-se algumas horas e o mestre chegou para saber o que queríamos com ele. Dissemos que alguns forasteiros tinham sequestrado o rei de El Dourado.

Com um tom de voz mais alto o mestre disse:
___ Fui eu quem mandou sequestrar o rei. E ele vai ficar preso nas jaulas por alguns meses e sem nada para comer. Logo em seguida iremos dar um fim nele. Ficamos surpresos e assustados com o que o mestre disse.

Pedimos ao mestre que não fizesse isso com o rei, pois nossa cidade precisava dele para ser governada e ter nossas famílias protegidas.

De repente os seus vigias abriram a porta e disseram ao mestre:

___ Aqui estão os forasteiros sujos. Não sabem fazer o serviço de boca fechada. O mestre, com muita raiva, falou para os forasteiros que a hora deles tinha chega-do. Mandou os vigias acabarem com os forasteiros, porque ele não precisava de gente suja para trabalhar para ele.

___ Eu quero gente competente - disse o mestre.

Os vigias logo pegaram os forasteiros e os riscaram do mapa.

13º Capítulo - autora Khawana

Mas um dos vigias era muito bonzinho e não deixou que o outro matasse os forasteiros. Mas o outro vigia falou:

___ Não podemos fazer isso. O mestre vai descobrir e vai nos matar.

Então o outro disse:

___ Eu já estou cansado de ser humilhado por este mestre @#*1¥ξ! Nós devemos nos unir para derrotá-lo e resgatar o rei.

E o outro disse:

___ O que devemos fazer com eles?

Então o outro respondeu:

___ Vamos deixá-los em nossa casa e falar para o ‘‘mestre’’ que os matamos e jogamos seus corpos para os crocodilos.

___ Certo?

___ Certo!

___ Então vamos.

Eles os levaram para casa e foram para o castelo con-versar com o mestre. Chegando lá o mestre estava conversando com o Eduardo e eu. Ele perguntou se já os forasteiros já tinham sido eliminados. Eles falaram que já, e que tinham dado os corpos aos crocodilos.

E o mestre falou:

___ Muito bem!!!

Eu disse para o mestre:

___ Como o senhor pode ser tão cruel assim?

E Eduardo havia me dado um cutucão no braço.

E o mestre respondeu:

___ Porque alguém já foi cruel comigo.

Eduardo então perguntou a ele quem havia sido essa pessoa que o tratara tão mal.

Então ele respondeu:

___ Foi...

14º Capítulo - autora Julia

... há trinta anos atrás quando morava em El Dourado. Em um dia tranquilo em que meus irmãos e eu brincá-vamos sem nos cansarmos, enquanto meu pai traba-lhava e minha mãe cuidava de casa.

A cidade estava em crise e o 7º rei decidiu eliminar as classes mais baixas da cidade e se houvesse crianças, ele as transformaria em escravos. E se algum de seus subordinados o desobedecessem ou não cumprissem suas ordens no prazo de três dias, também seriam executados.

No dia seguinte minha mãe e meu pai começaram a fazer as malas para fugir da cidade, pois não queriam ser cremados e nem que seus quatro filhos virassem escravos, quando de repente foram interrompidos com três batidas fortes de porta. Começou a correria, meus pais pegaram as malas e nos falaram para sair pelo fundo. Ao sair demos de cara com cinco soldados, facões e flechas.

Vi o soldado puxar a flecha para meu pai, acertando-o na íris passando pelo fórnix e atravessando o crânio. Meu pai morreu imediatamente. O segundo soldado foi direto em direção a minha mãe com um facão e-norme dividindo sua cabeça em duas partes.

Eles nos pegaram e fizeram-nos escravos, trabalhando duro e dando resto para comer. Tudo isso aconteceu no dia oito de setembro e fiz uma promessa que dali a trinta anos eu me vingaria do rei de El Dourado. On-tem foi oito de setembro e já se passaram trinta anos. Prendi o rei de vocês, farei com ele sofra como meus irmãos e vou matá-lo como meus pais morreram.
Mas ninguém vai saber quando serei...

15º Capítulo - autor Igor

...coroado o rei, pois a lenda de El Dourado fala que após o coroamento do rei, com a relíquia sagrada que se chama Colar Sagrado do Rei, o rei atual passa 2 meses e abstinência para esconder de novo o colar para que, quem achá-lo, se torne o novo rei de El Dourado. Mas pode ser perigoso procurar o colar, pois existe um escorpião que guarda o colar com sua própria vida. Só um homem pode sobreviver à sua picada. E este poderá ser coroado com o peso do Colar Sagrado do Rei...

Eduardo não tinha reação, pois lembrou que eu tinha sido picado por um escorpião e não tinha morrido e logo depois achamos o Colar Sagrado do Rei. Eduardo parou a situação e com um grito de felicidade contou tudo o que havia se passado no começo de nossa jornada.

O mestre Badsmigol ficou espantado por não poder ser o rei, mas que teria um novo rei de El Dourado em sua frente.

Eduardo tirou de sua mochila o precioso colar, os olhos do mestre brilharam na presença daquele fabuloso artefato.

O mestre convocou a sua guarda para avisar a população que um novo rei seria coroado e que seu nome seria...

6º Capítulo - autor Felipe Dizaró

... algumas pedras, como se fossem portas, começaram a se mexer e abriram uma saída.

Angustiados para saber o que havia atrás da porta, Eduardo e eu começamos a andar em direção à porta e, quando olhamos, não acreditamos no que estávamos vendo.

Eduardo e eu, sem entender como o que estava acontecendo poderia ser verdade, vimos uma linda e imensa floresta, com grandes cachoeiras e uma mata fechada e no horizonte algo que parecia ser uma cidade.

Eduardo e eu decidimos então ir a essa cidade, pois nossa comida já estava acabando e também precisávamos de tomar banho, porque já estávamos andando havia alguns dias.

Após decidirmos o que faríamos, seguimos andando e entramos mata a dentro. No caminho, encontramos uma cachoeira, onde paramos para nos refrescar e também encontramos muitas frutas que nos mataram a fome.

Depois de muito tempo andando, percebemos que estávamos perto. Então decidimos ir mais rápido. Subimos um morro por umas pedras e ao chegarmos no topo percebemos que a cidade que ali se encontrava era El Dourado.

7º Capítulo - autor Michelangelo

A cidade havia desaparecido, e no lugar encontramos uma estranha árvore. Eduardo, usando seus poderes vindos das profundezas da terra, o inferno, derubou a árvore e logo entramos pelo túnel secreto que havia em baixo da árvore. Caminhamos por horas até que achamos uma alavanca que, ao ser puxada, abriu uma passagem para uma escada.

Eduardo olhou para o corrimão da escada e deu um poder do capeta em direção a um mosquito que estava sentado tomando chá no corrimão, mas o mosquito não morreu. Então Eduardo disse a si mesmo em voz alta:

___ Maldito seja!!! Não é um mosquito qualquer, é um mosquito zumbi!!! Corra, ele vai chupar nosso sangue e tirar nossas entranhas, corra!!!

Então os malucos voltaram e fecharam a porta, mas esqueceram de algo: Eduardo ficou preso junto com o mosquito zumbi. Então ele gritou alto:

___ Ah, só porque eu sou mais lento me deixaram para trás, maldito seja!!!

Então o mosquito zumbi se aproximou de Eduardo e o estrangulou até a morte e chupou o seu sangue até esgotar e só sobrar coisas que não faziam parte da refeição de um mosquito zumbi.

8º Capítulo - autor Leonardo

E, de repente, acordei com o Eduardo me chamando e percebi que tudo não passou de um pesadelo. Fiquei contente ao descobrir que Eduardo estava vivo e que continuávamos na cidade de El Dourado.

Eduardo e eu estávamos na cidade com o colar sagrado do rei e tentávamos encontrar as pessoas daquele lugar, mas percebemos que se tratava de uma cidade abandonada e dificilmente encontraríamos alguma pessoa. Pelo jeito, as pessoas abandonaram a cidade há pouco, porque encontramos um mercado onde havia comida e bebida.

Como estávamos com muita fome, pegamos algumas coisas para comer, enquanto continuávamos a procurar pelo rei para mostrar o colar que havíamos encontrado. Mas onde encontrar o rei?

Tivemos a idéia de procurar um castelo, porque se realmente esta era a cidade do rei, deveria existir um castelo. Continuamos andando e, depois de algum tempo, avistamos uma torre muito longe. Como já era muito tarde, decidimos comer e descansar um pouco e continuar a caminhada na manhã seguinte.

Amanheceu um lindo dia e acordamos animados para recomeçar a caminhada. Chegando mais perto da torre descobrimos que se tratava realmente de um castelo e que era todo de ouro, por isso o nome da cidade era El Dourado.

9º Capítulo - autor Phelipe Maia

Não entregou texto na data combinada. Ficará para o final da lista (processual). A história continua normalmente no capítulo seguinte.

10º Capítulo - autora Elyzane

Conseguimos entrar no castelo, com muita dificuldade. Quando estávamos lá dentro ouvimos barulhos estranhos, como se fossem gemidos. Tentávamos encontrá-los, mas como era muitos cômodos, a busca era dificultada ainda mais.

No decorrer do caminho, já cansados, paramos num quarto para descansar, perto da torre. Ao me deitar ouvi um estranho barulho, como se fossem tapas na parede. Perguntei ao Eduardo se ele ouvira aquilo. Ele havia escutado e decidimos logo ir ao lugar de onde supostamente vinha o ruído.

Ao chegarmos lá, vimos uma mulher bem ferida e muito fraca. Nós a socorremos e perguntamos onde estavam as pessoas e o rei de El Dourado e qual era o seu nome. Ela apenas conseguiu dizer seu nome. Chamava-se Clara.

Fomos de volta para a cidade porque lá havia mais man-timentos e remédios para ela. Não sei porquê, mais acho que Eduardo está apaixonado por ela e eu também. Ela é adorável e muito bonita.

Mas o que nos intrigava era o sumiço das pessoas. Perguntamos a Clara. Ela nunca falava nada. Percebemos que havia naquela cidade muito sofrimento. Achamos várias correntes em vários lugares. E parte do corpo de Clara estava com cicatriz.

Esperamos que os ferimentos dela se curassem e ficamos numa das casas de lá. Como não sabíamos pra onde ir, ficamos na cidade. Começamos a plantar, achamos um rio próximo. E também disputávamos as atenções de Clara. Assim fomos vivendo cada dia.

Em alguns anos mais tarde, apareceu um homem em nossa casa. Ele disse que estava vindo de uma cidade longe dali. Então começamos a discórdia. Clara e eu queríamos sair de El Dourado e Eduardo não. O homem que apareceu queria ficar, mas sei que era por causa do ouro que tinha lá.

Clara e eu convencemos Eduardo a irmos para a outra cidade, e demos alguns pedaços de ouro para o outro homem em troca de nos levar para lá.

A caminhada era difícil, muitas montanhas. Uns dias muito quentes e outros de muito frio. Enfrentamos temporais, também um dia acabou nossa água e quase não suportamos.

Do alto de um morro avistamos a cidade. Era bem pequena e se chamava A Cidade Tão Tão Distante. Agora entendíamos o nome. As pessoas lá eram educadas, vestiam trajes lindos. O homem que nos levou nos instalou numa casa que havia por lá e começamos a viver naquela cidade.

Mas ainda não estávamos felizes. Ouvimos boatos de que estavam vindo forasteiros para a cidade que todos os anos pegavam o dinheiro de toda gente. Ficamos um pouco assustados e meio desacreditados, Não sabíamos se era de verdade ou se eram mitos para espantar os novos moradores.

5º Capítulo - autor Renan

...Eduardo achou uma alavanca que estava perto de uma estátua. Quando Eduardo empurrou a alavanca, as duas pessoas que estavam com a gente caíram em uma fossa. Eduardo ficou triste, pois elas eram muito legais, e morreram por sua culpa.

Disse para Eduardo:

___ Não é sua culpa, pois eles também concordaram em puxar a alavanca para ver no que ia dar, mas infelizmente eles sofreram as consequências.

Depois de algum tempo, procurando pistas para achar a saída daquele lugar, pensamos que algo de ruim poderia acontecer conosco, como aconteceu com nossos dois amigos.

Começamos a achar que iríamos morrer sem nem mesmo mostrar para todos que nós havíamos achado o colar sagrado do rei. Decidimos, então, lutar e conseguir achar a saída, mas com um pouco de dúvida se isto iria ser seguro.

Passadas três horas, achamos uns desenhos, e acreditamos que eles iriam nos ajudar a achar a saída. Os desenhos mostravam uma espécie de chave que, se colocada em um buraco que havia perto de uma pedra, abriria uma passagem para um mundo imaginário, um mundo onde os animais falavam, um mundo gelado. Mas não deciframos como era aquela chave, até que Eduardo, lembrando de alguns filmes, tentou colocar o colar sagrado do rei no buraco, achando que ele seria a chave. E quando ele o colocou...

3º Capítulo - autora Larissa

Encontramo-nos meio angustiados, pois tínhamos medo do que ali encontraríamos. Estava tudo escuro. Por sorte eu tinha um isqueiro no bolso e pude improvisar uma tocha com um pedaço de madeira que Eduardo havia pegado na entrada para nos protegermos.

Com dificuldades andamos sobre ossos como braços e crânios. Entramos em uma câmara e lá vimos uma espécie de caixão de pedra. Era um sarcófago. Resolvemos então abri-lo! Foi aí que vimos que lá dentro havia uma escadaria de madeira que estava podre e toda quebrada.

Achei arriscado descer, mas Eduardo insistiu e eu lhe disse:

___ Melhor não descermos!

E ele disse:

___ Mas nós já estamos aqui e estou tão excitado para descobrir quais segredos obscuros se escondem embaixo destas escadas.

Então eu lhe disse:

___ Tudo bem, vamos descer, mas tomando sempre muito cuidado.

Começamos a descer degrau por degrau, pois aquela escada poderia desabar a qualquer momento. Descemos alguns lances de escada e quando chegamos na metade do caminho Eduardo pisou em um degrau quebrado e começou a despencar. Eu saí correndo atrás dele e acabei caindo também. Chegando ao chão estávamos desacordados, pois havíamos batido a cabeça nos degraus. Quando acordamos tivemos uma surpresa: havíamos descoberto um segredo. Era...

4º Capítulo - autor Rafael

... o colar sagrado do rei da cidade antiga.

Nós ficamos muito felizes por sermos os primeiros a achar aquela joia, mas a alegria acabou rápido, pois não tinha como agente sair de lá. Guardamos o colar na mochila para que não o perdêssemos.

Eduardo viu um buraco na parede e foi ver o que era. Então descobriu que por ali se chegava a outra sala onde estava todo o tesouro que havia sobrado daquela época.

Ficamos várias horas procurando a saída até que sentamos para descansar um pouco. Neste tempo duas pessoas caíram no mesmo lugar que agente. Agora eram quatro pessoas que estavam presas.

Já que não estávamos achando a saída começamos a conversar e descobrimos várias coisas uns dos outros.

Até que...

2º Capítulo - autor Caique

Levando Eduardo nas costas, olhei para os lados e estava sem saída, e cada vez mais o esqueleto se aproximava de nós. Dei um passo para trás e percebi que pisei em uma espécie de “botão” que ativou uma armadilha, por sorte a gigante pedra que caiu do teto atingiu a criatura esquelética, que se quebrou em vários pedaços.

Já estava mais aliviado, mas ainda preocupado com Eduardo que não acordava, também estava pensando como iria sair dali, pois tudo estava muito escuro.

Depois de andar muito parei para descansar um pouco, e comer algumas barrinhas de cereal que ainda tinha na mochila. Eduardo acordou meio assustado e lhe falei o que havia acontecido. Ele me agradeceu e disse que não se lembrava e de nada, e continuamos a andar.

Estávamos andando havia quase três horas, quando chegamos a uma sala. Não era tão grande, mas tinha muitas coisas que pareciam estar ali há séculos. Peguei minha mochila e coloquei alguns artefatos nela, para estudá-los. Achamos também um mapa que parecia ser daquele lugar.

Seguindo o mapa, subimos uma escada e conseguimos sair daquele lugar horrível, só que saímos ao contrário do que entramos e já saímos na entrada de uma cidade velha. Parecia abandonada e dava muito medo só de olhar. Eduardo me convenceu a entrar e explorar a cidade.

1º Capítulo - autor Ariel

__ Eita, mas que calor neste cemitério!

Olhei para cima e o sol já estava se pondo. Foi uma tarde quente. Caminhamos o dia todo em busca de artefatos raros. Eduardo e eu estamos explorando alguns túmulos, com muito cuidado para não danificar nada.

Quanto mais adentrávamos no cemitério, mais e mais nos perdíamos da saída. De longe avistamos um mausoléu, parecia uma esfinge. Passo a passo, bem lentamente fui entrando na frente.

A lua que iluminava a noite já não tinha mais efeito algum dentro do mausoléu. Então acendi o lampião. Após andar alguns metros me dei conta que estava perdido, barulhos estranhos começaram a surgir do nada. Senti um formigamento no pé direito. Quando olhei para o chão, vi que tinha sido picado por um escorpião.

Eduardo e eu corremos em busca da saída, desesperados. Sem saber onde estávamos, demos de cara com algo estranho. Quando Eduardo viu que era um esqueleto, desmaiou. Lentamente aquilo foi se levantando, não podia deixar meu amigo naquele lugar assustador.

Fui arrastando Eduardo até que ficamos encurralados!!!

História do 1º ano de 2010

Olá pessoal!

Vamos começar nossa história deste ano!

A frase inicial escolhida é:

"Eita, mas que calor neste cemitério!"

Depois de escrever seu capítulo, você vai digitá-lo nos comentários onde aparecer seu nome. É necessário usar uma conta gmail para enviar seu comentário.

Bom trabalho!!!

Atividade - Anjo torto

Leia os textos abaixo e, inspirado neles, escreva a sua versão para o "Anjo torto" nos comentários.

Poema de Sete Faces - Carlos Drumond de Andrade

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus,
pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
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COM LICENÇA POÉTICA
Adélia Prado


Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável.
Eu sou.

In Adélia Prado, Poesia Reunida. Siciliano, São Paulo, 1991
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LET'S PLAY THAT
Torquato Neto (musicado por Jards Macalé)


Quando eu nasci
um anjo louco muito louco
veio ler a minha mão
não era um anjo barroco
era um anjo muito louco, torto
com asas de avião

eis que esse anjo me disse
apertando minha mão
com um sorriso entre dentes
vai bicho desafinar
o coro dos contentes
vai bicho desafinar
o coro dos contentes

Let's play that

Do CD Torquato Neto - Todo Dia É Dia D
Vários Artistas, Dubas Música, 2002
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ATÉ O FIM - Chico Buarque de Hollanda

Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim

Inda garoto deixei de ir à escola
Cassaram meu boletim
Não sou ladrão, eu não sou bom de bola
Nem posso ouvir clarim
Um bom futuro é o que jamais me esperou
Mas vou até o fim

Eu bem que tenho ensaiado um progresso
Virei cantor de festim
Mamãe contou que eu faço um bruto sucesso
Em Quixeramobim
Não sei como o maracatu começou
Mas vou até o fim

Por conta de umas questões paralelas
Quebraram meu bandolim
Não querem mais ouvir as minhas mazelas
E a minha voz chinfrim
Criei barriga, minha mula empacou
Mas vou até o fim

Não tem cigarro, acabou minha renda
Deu praga no meu capim
Minha mulher fugiu com o dono da venda
O que será de mim?
Eu já nem lembro pr'onde mesmo que vou
Mas vou até o fim

Como já disse, era um anjo safado
O chato dum querubim
Que decretou que eu tava predestinado
A ser todo ruim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim

Do LP Chico Buarque - Polygram, 1978